Mais uma vez o tilintar das chaves na abertura da fechadura anuncia a entrada de Verônica na sua casa. A mesma casa de segunda mão terá mais uma vez sua dona em seu interior. Verônica lança a bolsa no sofá já gasto. Ela até poderia pendurá-la, mas um dia estressante faz com que pensar onde colocar as coisas nunca seja prioridade. Logo após é sua vez de descontrair o máximo possível seus músculos deixando o seu corpo se entregar à gravidade, ou seria ao cansaço, e cair no sofá. O controle sempre está no lugar certo, sempre no ponto de ser pego facilmente apenas estendendo o braço. Um clique no botão e a claridade da casa não é apenas feita pelas luzes que entram pelas frestas de portas e janelas. O brilho do aquário tecnológico clareia a sua casa e reflete em sua retina. Um olhar mais minucioso naquela cena poderia entender todo aquele cenário como uma seção de hipnose, mas a cabeça de Verônica apesar de tão cansada não era tão fraca para isso. Sab