Coube
ao tempo lançar uma lufada de ar fresco em seu rosto para que ele pudesse
lembrar que a vida era mais do que aquela pilha de papeis bagunçada a sua
frente. Cabia a ele ter um desejo instintivo de sair dali e achar tudo
sintético de mais, porém sua primeira ação foi fechar aquela janela de onde
vinha aquele frio tão gélido que lembrava o seu coração naquele momento. Naquela
hora sua racionalidade presava por aquilo que ele está fazendo.
Momentos
depois a janela torna a abrir, lançando novamente uma lufada de ar. Bufando e
murmurando pragas o homem levanta de sua cadeira e mais uma vez se aproxima da
janela com a intenção de fecha-la. Porém de repente surge em sua frente um
forte brilho e de alguma forma parte dele brilha.
Com
o passar do tempo sua visão passa a ficar menos turva e focando do alto daquela
janela do segundo piso do prédio, parte das suas preocupações vão embora para
que possa perceber que do lado de fora a inúmeros objetos afixados em postes,
árvores e na frente das casas. Ele percebe que esses enfeites lembram uma data
especial e junto com essa percepção vem também o avivamento de uma memória que
esquecerá quando se afundara no trabalho.
Ao contrário
de seus colegas mais metódicos aquele homem sempre saiu no horário certo nunca
fez serão, sempre cumpria com suas obrigações no prazo para que na hora certa
pudesse ir pra casa. Contudo hoje resolveu inovar, lembrando o que deve ser o
espírito natalino, falou para um dos seus amigos que se fosse preciso ele
terminaria o trabalho do outro para que ele pudesse ir mais cedo para casa.
Como ele não tinha fama de má pessoa logo o outro aceitou a proposta, com
relação a reação da sua família ao ver o patriarca chegar mais cedo a casa num
dos dias de fim de ano é algo obvio de
mais e não merece tanta atenção afinal quando coisas boas acontece sempre
deixamos de lado.
Porém
sobre a memória que agora mantem-se viva no nosso amigo mais intimo posso
afirmar que sua família também está presente. Hoje de manhã sua esposa pedira
que comprasse mais algumas luzes para por em sua árvore, pois achara que as que
se fazem presentes já não eram mais suficientes. Queria que sua árvore
resplandecesse de forma correta a sua felicidade, ele como bom marido
prontamente atendeu.
Agora
podemos ouvir uma porta de um carro batendo forte, demonstrando a pressa de
alguém que busca comprar algo que aumentará ainda mais sua felicidade, pois com
isso poderá ver o sorriso que um dia o fez se apaixonar.
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