E de repente bati a cabeça, doeu muito, senti o mundo rodar.
Sempre achei que preferiria dar murros em ponta de faca do
que agarrar-me em uma flor alérgica. Mas com a dor aprendi a ser diferente.
A dor é a melhor maneira de se aprender, ela marca na alma e
melhor ainda que ela venha acompanhada de uma ferida, assim marca também o
corpo. A cicatriz já se torna algo a contemplar
quando se pensar em errar novamente.
Porém o pior e o impensado por vezes acontece, um “por
vezes” que mais parece um “quase sempre “.
Repito o erro, dói de novo lá vem a enxaqueca.Porém o problema é que ela passa.
Na próxima quero que bata mais forte, muito mais forte
mesmo. De preferência quero rachar meu crânio, e mais ainda, quero que arranque
a parte do cérebro que insiste em considerar que me jogar em apostas fará vir
um futuro bom. Essa parte de mim não quero, essa parte nem se quer é mais
minha. Ela é um outro que me domina e me usa de marionete, e faz que eu seja a
minha derrota. Quero menos ela e mais Eu, pois é difícil acreditar que tantas
coisas ruins só acontecem por culpa inteiramente minha.
ps:Cícero obrigada pela inspiração, ouvindo Vagalumes cegos.
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