Lá está ela sentada lendo seu livro, calmamente. Como me estressa o fato dela não notar minha presença. Parece que terei de me aproximar.
Não é a primeira vez que a vejo, na verdade não saberia dizer o número de vezes que a vi. Mas sempre fiquei incomodado por não ser visto pelos seus olhos desde a primeira vez que a vi. Giovana é linda por ser Giovanna. Seus olhos baixos estão sempre escondidos atrás de suas lentes de grau. E em seus corpo cabe tanta bondade que eu jamais saberia mensurar. Sua estatura é mediana, mas cabe ali muito de bondade. Apenas fico a duvidar do porquê de nunca ter me notado. É como se suas vestes clamassem por minha atenção do mesmo modo que para ela as minhas devem ser invisíveis.
Tento lhe mandar um bilhete, porém o máximo que consigo e arrancar uma folha que vai em branco e amassada ao lixo. O problema não é falta de coragem, o problema é a confusão. Mal a conheço, nem sei se quer se me odeia, pois acho que deve ser por ódio que ainda nem se quer sabe meu nome.
Tento entender Giovanna e acho que é tímida, mas comigo deve ser esnobe. Fica lá calada no canto. Ignorando a todos. Lendo seu livro sem olhar para os lados. Será que essa história fala de um jovem gaulês de terrar distantes. Nem se quer ouso em pensar em cavalos brancos.
Mas que bobeira a minha. A única coisa que sei é seu nome. "Geovanna". Além dessa informação nada mais que é seu me pertence.
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