Começava o dia e se vestia de felicidade. Assim já acreditava estar pronto para sair na rua.Nela já demostrava sua peça de roupa mais manjada, um sorriso amarelo tamanho grande que ele achou no escritório num dia em que todos comemoravam o aniversário do patrão.
Ao longo do dia trocava de figurino. Ia do casual apressado até o compenetrado no trabalho. Ainda existias outras trocas de figurino que dependia do que o dia demandava, por vezes podia ocorrer de precisar de uma visual mais estressado, isso sempre acontecia no ultimo dia de entrega do projeto. Contudo, a rotina era exibir ao final do dia um olhar aberto esperando novos convites,mas essa peça de roupa não agradava ou não tinha a cor da estação, alguma coisa nela estava errada, poucos a viam, as pessoas estavam usando caras fechadas e não percebiam a abertura do seu olhar, assim por poucas vezes tirava toda aquela fantasia e era ele mesmo sentado numa mesa de bar conversando, experimentando sua nudez na frente dos amigos de trabalho.
No fim do dia o normal é chegar em casa, levantar os ombros e deixá-los cair deixando toda a roupa usada no dia cair junto com ele. Vê as horas no novo smartfone que comprou e só percebe mais horas gastas no serviço. Perdidas em um espaço usufruindo do direito de servir como membro de algo maior.Porém mais que uma simples membro ele queria ser cabeça. Capital de pensamentos. Ainda assim contrariando sua vontade percebe que é mair fácil sentar no sofá na posição mais incorreta possível pra sua coluna e mais agradável possível para o corpo.
Olha a tela do celular que pensa e na telinha que está na sua mão olha os postagens dos colegas numa rede social, nem por um momento sente inveja daquelas fotos. Percebe nelas muita roupa velha, os sorrisos amarelos também são igual ao dele, muda o lugar em que se comprar mas o objetivo é o mesmo. Ainda assim ele ri vendo algumas fotos que realmente tem pessoas vestidas de espirito, ou nuas das vontades alheias . Vivendo apenas o que sentem e não o que querem mostrar.
Olha a tela do celular que pensa e na telinha que está na sua mão olha os postagens dos colegas numa rede social, nem por um momento sente inveja daquelas fotos. Percebe nelas muita roupa velha, os sorrisos amarelos também são igual ao dele, muda o lugar em que se comprar mas o objetivo é o mesmo. Ainda assim ele ri vendo algumas fotos que realmente tem pessoas vestidas de espirito, ou nuas das vontades alheias . Vivendo apenas o que sentem e não o que querem mostrar.
Levanta e segurando a fome esquenta algo no micro-ondas. Enquanto ouvi a vibração deseja viver num mundo onde possa deixar de usar peças que recolheu pelo mundo e andar nu. Despido das necessidades alheias. Se imagina jogando na pela rua cada peça de roupa que forma aquelas infinitas camadas que agradam os olhos daqueles que desejam cortes finos, queria tirá-las pois elas pesam nas suas costas. Todos os dias sonha no dia que deixar a pele respirar e mostrar pro mundo seu cheiro, mas por hoje o que temos é um prato pronto esquentado no micro-ondas que ele comerá sozinho na mesa da cozinha. Situação ao qual sua vida convergiu pela sua falta de coragem de fazer diferente, ou melhor, pela falta de coragem de fazer o que realmente lhe fazia feliz. Por muito tempo vestirá a fina camada da vergonha, por medo de mostrar o que seu corpo realmente quer expressar.
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