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Um jantar entre eles

     Entre gritos, sorrisos e mais alguns sons para expressar a felicidade, encontram-se Verônica seu amigo Lucas, Bárbara e Francisca. Hoje é a noite de comemoração do novo abajur de duzentos reais que Verônica comprou em alguma loja chique para lembram ao mundo, que seu salário estava valendo a pena. Era estranho o aviso ao mundo ficar em cima da mesa perto do sofá ou em apenas algumas fotos no Instagram de três pessoas, pois Francisca acha que já tem rede social de mais, e também pelo motivo que avisos ao mundo deveriam ser acessíveis para todos, mas Verônica não vai ao fundo nesse tipo de pensamento hoje, o prazer da noite é perceber que as taças de vinho tinto combinam tão bem com seu abajur caro e com mais alguns goles de vinho já era comparado a obras de Niemeyer.
   - A por favor!  Já estamos bêbados o suficiente para começar a aumentar a nossa intimidade.
   - Não quando aumentar a intimidade significa vocês rindo da minha cara -respondia Verônica ao Lucas enquanto colocava mais vinho na sua taça.
O assunto era as fotos de infância de Verônica, as quais estavam na cômoda do seu quarto, pois sua mãe achava que ela deveria ter algumas, para recordação, já que agora mora longe da família.
   - Eu não vou mostrar nada para você seu viadinho- talvez era o álcool ou amizade falando, mas naquela ocasião as palavras transpassavam o sentido do preconceito e passavam ser elogios  
   - Está com medo que eu descubra que você era homem quando criança? Vai Verônica eu o quero saber se essa mulher linda de hoje, era só mais uma gordinha que sofria bullying no ensino fundamental.
    - Aí, esses olhos! Poderiam me ter numa cama, mas só querem ver fotos minhas antigas.
    - Enquanto vocês namoram eu vou no banheiro vomitar um pouco- Bárbara largava palavras e demonstrava porquê seu humor combinava com o de Verônica.
    - Para de beber, aí você não precisa vomitar.
    - Para de dar em cima de um gay que eu também não precisarei, mas Verônica, mudando de assunto. Por que você ainda está solteira. De todas as mulheres daqui você é a mais bonita e de todos as pessoas do gênero feminino é que ganha melhor. Não já se cansou de admirar essas paredes tons pasteis sozinha, toda noite?
    - Tá !  Vocês me convenceram eu vou pegar a fotos.
       No mesmo momento os olhos de Bárbara mudaram as duas já se conheciam muito bem para entender o que aquela conversa queria dizer. Os olhos mudaram a boca também. Barbara lançou um olhar para Lucas e balançou a cabeça, sorrindo e com sobrancelha arqueada, Lucas retribuo o olhar lançando um beijo.
 -  Bárbara! Para esquerda, reto! Pode ir no banheiro para vomitar de mim.
    Enquanto isso Verônica foi para a direita, a música não estava alta e a casa não era grande, Verônica sabia que Bárbara acharia o caminho.
    Ao entrar no seu quarto Verônica sentou na sua cama. A luz da sua luminária deixava tudo mais pastel do que já era, mais uma olhada para a sala e percebeu como os tons pasteis eram lindos. Eles formavam o perfeito plano de fundo para o que estava acontecendo ali, e deixava seu abajur e as taças ainda mais lindos.  “Segunda gaveta” mais alguns sons da madeira da gaveta se arrastando na madeira da cômoda e Verônica viu seus álbuns. O mais recente deveria ter uns 5 anos, hoje suas fotos estão no computador. No terceiro álbum ela achou aquilo que seus amigos lhe pediram, suas fotos do ensino fundamental, bem nem todas elas foram tiradas na escola, mas eram desse período. Verônica não era gorda, nem se quer feia. Era linda, tirava notas medianas e como as garotas da sua época não namorava, no álbum também tinha fotos da sua adolescência, algumas espinhas e gordurinhas a mais, mas mesmo assim continuava tendo a sua beleza.
   Verônica levou as fotos para aqueles que mais queriam vê-las:
    - Então você realmente tem essas fotos. Você tem coragem de mostras essas fotos para esses dois? Francisca não falava muito, tinha um jeito educado raro de se encontrar atualmente.
   - Deixa eu ver como você era feia. Olha essa aqui Bárbara!
   - Sério? Então você sempre foi bonita assim? Talvez você e o Lucas pudessem ter se encontrado na adolescência, namorado, terminado e hoje eu teria um namorado, mas não! Você teve que crescer nessa cidade pequena. Mais umas três reviradas de olhos e se ouve a campainha.
   - Oi Roberto, você pode fazer o favor de lembrar pra Bárbara que ela não tem um namorado por que ela já é casada. Depois que Verônica abraçou Roberto, ele entrou na sala e Verônica viu mais um beijo sincero de amor.
   - E o que você estava fazendo até agora em “AMOR”?
   - Tentando não matar meu chefe que não deixava eu sair até agora.
   - Que bom que você não virou um homicida hoje.
   - Vamos lá todos juntos: "Só mais vinte e quatro horas sem matar ninguém"
   - Nem é assim que fala garoto -dizia Roberto enquanto dava tapas nas costas de Lucas.
    Todos riam. Era a segunda vez que Francisca se encontrava com eles, ela era nova no escritório e não conhecia muita gente, mas Verônica sempre foi gente boa com ela, então ela a convidou para sair, Verônica tinha dito que levaria mais pessoas então os únicos que não se conheciam eram Roberto e Francisca.
   - Oi moça quieta, posso saber seu nome.
   - Desculpa Roberto, essa aqui é a Francisca, mais nova membra do ex-terceto fantástico, agora sim podemos fazer um filme.
    Beijos no rosto e um abraço.
   - E quem é essa garota Verônica, você tem uma irmã?  Roberto apontava a foto no álbum de Verônica.   
   - Sim eu tenho uma irmã, mas essa sou eu.
   - Não é amor?! Ela era feia até quando era criança.
   - E você era brincalhona quando era criança também?
   - Não. Eu era o outro tipo de gordinha, a que os garotos andam junto, mas tratam como menino.
     Mas algumas gargalhas e Verônica foi buscar uma taça para o Roberto.
   - Dá para acreditar que quando eu era criança eu queria ser igual a Ivete, mas eu não queria especificamente a voz, eu queria ter o carisma dela.
   - Nossa tem gente que queria ser igual a Madona amiga!
   - Bárbara não olha para mim que eu queria ser piloto corrida, pois eu imaginava que se andar de bicicleta em uma ladeira já dava emoção, um carro de corrida devia ser a melhor coisa do mundo. E você Barbara o que você queria ser?
  - Professora! Próximo, pois eu era uma criança muito chata. Diz amor, fala para eles o que você queria ser.
  - Bem, eu queria ser médico, cuidar das pessoas, mas hoje sou advogado. De certa forma acho que também estou ajudando, não desisti dos meus sonhos, só os mudei.
  - Eu te entendo Roberto, por isso que eu sou linda, é que se eu não posso cantar como a Ivete, nunca desisti de ser linda como ela.
  - Eu nunca mais vou te elogiar na minha vida.
  - E eu também não, Falaram Lucas e Barbara
  - Mas eu acho que você é bonita Verônica.
  - Francisca! Barbara olhou bem no fundo dos olhos de Francisca e continuou a dizer. A melhor coisa de você está aqui é que eu consigo ouvir o que você acabou de falar e não achar que é mentira. A não ser que você queria ser atriz quando era criança.
  - Mas é claro que eu queria. Eu adorava ver a Susana Vieira. Eu queria ser igual a ela.
E com a melhor gargalhada da noite, todos encheram suas taças e brindaram pelos seus sonhos quase realizados e pela felicidade se terem se encontrado, uma vez e por mais uma vez. 

                     


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